A Ceia do Senhor

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Para que não esqueçamos 

Fazei isto em memória de mim (Lucas 22:19)

O cristão tem momentos que precisa lembrar? Estávamos perdidos no pecado, sem esperança e condenados à destruição eterna. Mas Cristo cedeu sua vida por nós, para redimir-nos dessa maldição. Fez isso quando ainda éramos seus inimigos (Romanos 5:6-11)! Lemos os últimos capítulos dos quatro evangelhos e ficamos abismados com o pecado, o orgulho, o ciúme e o ódio que o pregaram na cruz. Mas será que sabemos devidamente que, se esquecermos isso e vivermos como um mundano, estaremos crucificando-o e de novo expondo-o à vergonha (Hebreus 6:6)? Ou será que calcamos aos pés o Filho de Deus e profanamos o sangue da aliança com o qual fomos santificados e ultrajamos o Espírito da graça (Hebreus 10:26-30)?

Se esquecemos a maldição do pecado e o horrendo sacrifício que foi necessário para libertar o homem desse pecado, estamos fadados a repetir esses pecados e agir como o cão que voltou ao seu próprio vômito” e como a porca lavada que voltou a revolver-se no lamaçal” (2 Pedro 2:20-22). Para evitar isso, devemos lembrar a morte, o sepultamento e a ressurreição de nosso Senhor!

Em sua sabedoria, o Senhor nos deu uma festa para sempre termos “Jesus Cristo,” diante de nós. Ele não nos deu estátuas, cruzes, quadros, imagens ou qualquer coisa terrena, mas nos providenciou uma simples participação do pão asmo e do fruto de uva  I Coríntios 11:17-33.) Mas a festa que ele nos proporciona está repleta de significado. O pão que representa o corpo de Cristo é sem fermento, mostrando assim que devemos lutar para viver acima do pecado, exatamente como ele fez (I Coríntios 5:6-8). O sangue que foi necessário para a nossa purificação é bem retratado pelo fruto de uva. Isaías 1:18, falando a esse respeito, diz: “Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã”. Essa lembrança nos fará apresentar o nosso corpo por sacrifício vivo santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Romanos 12:1).

A festa não apenas nos faz olhar para trás, para o sacrifício dele, mas também nos impulsiona a olhar para frente, com esperança. Ao lembrarmos a sua ressurreição, estamos sempre lembrando que isso é uma promessa da nossa própria ressurreição – e assim anunciamos “a morte do Senhor, até que ele venha”. Com a lembrança de seu sacrifício por nós, a esperança de uma recompensa a coroa da vida e a sua palavra a nos orientar, como é possível falharmos?

A resposta a essa pergunta é que não falharemos se nos lembrarmos! Mas, assim como os israelitas esqueceram e perderam a vida, assim também podemos esquecer e perder a coroa da vida eterna. Paulo advertiu a igreja de Corinto que “muitos estão fracos, doentes e outros dormem”  porque perderam o verdadeiro sentido da ceia do Senhor. Estavam tomando sem “discernir o corpo”. Que insulto para Cristo é participarmos dessa festa sem pensarmos em seu sacrifício. O próprio ato que tem por objetivo ajudar-nos a lembrar acaba sendo assim o meio de esquecermos. Que isso não aconteça.“Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia e sim com os asmos da sinceridade e da verdade” (I Coríntios 5:7-8).

Esta festa tem dia e hora marcada, é uma vez no ano, segundo o calendário bíblico dia 14 de Abib ou Nisã no seu inicio ou seja na parte escura no findar do dia 13 após O POR-DO-SOL no mesmo dia que o mestre Jesus instituiu. 

Para sabermos a data correta pelo calendário bíblico não é difícil, pois a primeira lua nova após o equinócio de outono ou seja após o dia 20 de março, inicia o ano, conta-se 13 dias e na noite se realiza a Ceia do Senhor. 

 

Que tipo de Pão devemos usar

Somente pão sem fermento deverá ser usado na Ceia do Senhor, por duas razões: Œ Este é o que Jesus usou, e  Este é o símbolo apropriado para o sacrifício perfeito de Jesus. Consideremos a evidência bíblica apoiando estas duas razões.

Pão sem fermento é o que Jesus usou. Os relatos nos Evangelhos (Ma-teus 26:17-30; Marcos 14:12-26; Lucas 22:7-23) tornam claro que Jesus comeu a Ceia do Senhor com os apóstolos durante os Dias dos Pães Asmos (sem fermento). Durante esta festa, que se originou quando os israelitas estavam preparando para sair de sua servidão no Egito, o consumo de fermento era terminantemente proibido (Êxodo 12:15). Não há dúvida de que o pão que Jesus usou na primeira Ceia do Senhor não era fermentado. Isto, por si só, é razão suficiente para se usar somente pão sem fermento na Ceia do Senhor, pois os verdadeiros discípulos de Cristo sempre procuram seguir seu exemplo e instrução (I Coríntios 11:1; Colossenses 3:17).

 O pão sem fermento é o símbolo apropriado para o sacrifício perfeito de Jesus. No Velho Testamento, o fermento simbolizava a impureza que não poderia ser oferecida a Deus. Além da proibição do fermento durante os Dias dos Pães Asmos, a Lei de Moisés proibiu o uso de fermento em qualquer sacrifício ao Senhor (Levítico 2:11). O fermento é usado, no Novo Testamento, para representar a falsa doutrina (Mateus 16:5-12) e a corrupção moral (I Coríntios 5:1-8). Deus não aceita tal impureza nos sacrifícios oferecidos a ele. Para ser um sacrifício aceitável, Jesus teve que ser sem fermento (I Coríntios 5:7), isto é, sem pecado (1 Pedro 2:21-25).

Para tanto devemos prepara o Pão que deve ser somente com trigo, azeite de oliva, sal e água pura.

Do mesmo modo o vinho o suco da vida, deve ser preparado por irmãos ou pelo pastor, para que não contenha estabilizante, corante, conservante ou coisa do gênero.

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